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Festa da Liberdade 2010

 

Já lá vão cerca de vinte anos, quando passei o dia da Liberdade na capital portuguesa. Em 1991, o 25 de Abril mesmo num dia chuvoso, embora feriado, parece-me que foi vivido com outro entusiasmo, pujança e vivacidade… Era o tempo da maioria absoluta “cavaquista”, tempos de vacas gordas como se dizia então, em que as duas centrais sindicais UGT e CGTP marcavam posição própria e arreigada no decorrer da manifestação – hoje está mais em voga a arruada – deste a Rotunda do Marquês até ao Rossio. Então em 1991, mesmo com esse tempo chuvoso, um verdadeiro mar de gente enchia por completo o Rossio e as declarações políticas das diversas organizações eram entusiasticamente aplaudidas, consoante as preferências de cada grupo ou cor politica…

O Grande tanque e o palacete vistos da pérgula

Este ano, talvez por acontecer num domingo soalheiro, a manifestação não teve o vigor e a participação de outros tempos e até parecia que a Praça do Rossio – o Passeio Publico de Eça de Queirós – tinha crescido, tal a exiguidade de manifestantes. Enfim outros tempos e outras motivações… Talvez por tudo isto o Presidente da Câmara de Coimbra, Dr. Carlos Encarnação, justificou a não organização de evento semelhante naquela cidade, porque as pessoas já não aderiam, como havia acontecido no ano anterior. Opiniões…

Gabinete do Primeiro Ministro

No entanto algo de novo para mim aconteceu: a abertura ao público das residências oficiais do Presidente da Republica e do Primeiro-ministro, o que, no caso da residência oficial do chefe do governo, vem acontecendo neste dia 25 de Abril, desde que António Guterres ocupou aquele cargo, tendo sido interrompido em 2003 e retomado em 2005 por José Sócrates.

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Quando pernoito em Lisboa, resido na Madragoa, ali perto, e lá subi a Calçada da Estrela até à residência oficial do 1º Ministro.

Rui Pedro Ávila e 1º Ministro José Sócrates 25 Abril 2010

Fiquei deveras atónito, talvez perplexo, com a alegria e colorido que as centenas de cidadãos, que ali acorreram, emprestaram aos jardins circundantes, ao som das marchas festivas da “Banda de Sapadores Lisbonenses” e ao conviverem demoradamente, entre as 15 e as 16 horas, com o Eng. José Sócrates que ali foi cumprimentar, indiscriminadamente, todos esses entusiásticos cidadãos que o acolheram com à-vontade e simpatia… Se não o testemunhasse, e atendendo ao que, quase todos os dias, a comunicação social nos bombardeia despudoradamente a seu respeito, ser-me-ia difícil acreditar, que por ali passara tanta gente a cumprimentá-lo e a se inteirar do funcionamento efectivo da residência oficial, do chefe do governo da Nação Portuguesa… Gente de todas as idades e condições sociais. Gente que assumia a sua cidadania plena, naqueles momentos em que eram franqueados “os labirintos do poder governativo do nosso país”.

Por tudo isto que vivi e interiorizei, algumas vezes com emoção, considero que se comemorou mais um dia de festa e de afirmação da cidadania republicana, mesmo com todas as contrariedades que vão afligindo as camadas sociais mais desfavorecidas do nosso país, mas foram também muitos desses nossos concidadãos que, cheios de esperança num melhor porvir, ali compareceram em profusão.

É assim a maioria do nosso povo português, sempre cordato, generoso e festivo…

 

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